A Gazeta do Middlesex

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11/6/2017

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Foram os suficientes para a candidata dos Trabalhistas, Emma Coad, ganhar em Kensington, no centro de Londres, anulando a vantagem de 7.000 votos obtidos pelos Conservadores nas ultimas eleições. Nunca estes tinham aí conhecido a derrota: Kensington é só a circunscrição eleitoral mais rica do Reino Unido, mas está longe de ser caso único. Na capital os Conservadores foram praticamente obliterados, e mesmo o muito famoso Boris Johnson viu a sua vantagem de 10.000 votos ser cortada pela metade.


O que explica que desta vez os Conservadores não tenham conseguido fazer funcionar o velho truque, que tão bons resultados tem dado, e que consiste em conseguirem persuadir o eleitorado que os seus interesses são iguais aos dos ricos e poderosos ? O Partido Conservador não passa de um máquina de ganhar eleições e seria errado atribuir-lhe uma ideologia definida. Partido esse que é implacável com aqueles que não se revelam capazes de conservar o poder ou, nas raras vezes em que isso aconteceu, de o reconquistar. Veja-se o que aconteceu nos anos dos Governos de Blair: William Hague, (1997/2001), foi sumariamente despedido logo que mostrou não servir, sendo sucedido por Ian Duncan Smith, (2001/2003), que conheceu igual sorte e pelos mesmos motivos. Michael Howard, (2003/2005), não foi mais feliz do que os seus antecessores e foi substituído por David Cameron que finalmente conseguiu fazer os Conservadores voltar ao poder. Penso que em Portugal, funcionando as coisas de maneira semelhante, existe pelo menos um líder político que há muito teria sido enviado para o exílio num sitio recôndito. Para os Conservadores ganhar as eleições serve unicamente para manter os privilégios de uma elite rica, e os seus eleitos não são mais do que sua ala Parlamentar cuja missão consiste em manter esses privilégios funcionando como um mecanismo, político, económico e social afinado na perfeição para preservar o status quo, podendo assim recompensar princepescamente os seus membros.



Para o que os Conservadores não estavam preparados era para alguém como Jeremy Corbyn com o seu passado de luta, tantas vezes solitária, contra politicas que iam contra o ideário do Partido Trabalhista. Durante os governos de Blair foram 428 as vezes que Corbyn votou contra o seu próprio Partido o que lhe deu um capital de independencia, integridade e recusa de compromissos dúbios que foi decisivo agora. Mas a Corbyn regressaremos em breve.


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