OS BUDDENBROOK
Tudo começa sempre com uma figura ímpar, a do fundador, o qual ou por possuir um talento invulgar, ou por ter descoberto um produto de grande sucesso, mas normalmente por ambas as coisas, cria de raiz uma grande fortuna. A segunda geração raramente o iguala em génio e o mais vulgar será apenas ir conseguindo manter o edifício de pé, até que rapidamente outra surgirá que não resistirá à força centrifuga do tempo e será mais uma dinastia que desaparecerá .
Bem pode lutar aquele que tiver a desdita de estar ao comando nesses dias, bem pode proclamar a imutabilidade do seu trono e a sacramentalidade do seu destino, bem pode enfeitar-se com os louros herdados, que o fim é inevitável.
David Landes que faleceu no Verão passado e que foi professor de Economia em Harvard e autor de “Banqueiros e Paxás” e “Dinastias”, foi um dos que estudou esta questão em profundidade para no essencial chegar à conclusão que todos conhecem : O que é bom sempre acaba. Resignem-se portanto.