A Gazeta do Middlesex

Herr Passos

5/7/2014

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            Nur Wenn Alle Anderen Waren Wie Du Herr Passos !

                                     (se ao menos os outros fossem

                                           iguais a si, Senhor Passos!)







Por ser por uma boa causa e com a devida vénia, eis a tradução na integra de um artigo de autoria de Ian Traynor publicada hoje no “The Guardian” que mostra que face à Alemanha nem todos os Primeiros Ministros Europeus são “bons alunos”:













Matteo Renzi, o primeiro-ministro Italiano, lançou um feroz ataque contra o poderoso banco central alemão dizendo-lhe para não se meter onde não é chamado após o seu presidente, Jens Weidmann, ter criticado Roma por esta alegadamente pôr em perigo o fim da crise na euro zona.

Sendo a vez de Itália ocupar por seis meses a presidência rotativa da UE, Renzi, ao mesmo tempo que se comprometia levar a cabo uma reforma radical da economia em 1000 dias  após a reabertura do Parlamento, estabeleceu o que parece ser o tema central da sua presidência- o objectivo de conseguir que Berlim modere as medidas de austeridade de modo que se torne possível que Itália possa recuperar o crescimento económico.

Roma e Berlim travam uma guerra de palavras em como interpretar “flexibilidade” no contexto do pacto de estabilidade e crescimento, com os Alemães insistindo que os limites do deficit e da divida publica não podem ser facilitados e que Renzi deve cumprir a suas promessas de efectuar reformas estruturais na rígida economia italiana antes que lhe sejam permitidas algumas facilidades.

Com o ressurgimento da tensão entre o Norte e o Sul da euro zona, Jens Weidmann, o presidente do BundesBank e antigo conselheiro económico de Angela Merkel, acusou Renzi de falar nas sempre adiadas reformas económicas de Itália mas nada fazer para as implementar ao mesmo tempo que denunciava que a Itália tentava interpretar as regras, (do pacto), “demasiado generosamente”.

Outros destacados políticos Alemães acusaram Renzi de minimizar a gravidade dos níveis da divida Italiana ao mesmo tempo que tentava obter maior espaço de manobra em relação aos montantes e calendários da sua redução fixados por Bruxelas.

Renzi sublinhou que não havia qualquer conflito com Merkel ou com o seu governo, mas criticou Weidmann acusando-o de interferência política.

“O Bundesbank não tem de tomar parte no debate politico italiano”, disse Renzi. “Não admito que o Bundesbank fale sobre a política italiana. A Europa pertence aos seus cidadãos e não aos seus banqueiros, sejam estes italianos ou alemães”.

Itália tem um dos mais elevados níveis de divida publica da UE, atingindo 130% do PIB, mais do dobro dos 60% que é o máximo estipulado pelo regime da euro zona e todas as tentativas feitas por vários governos para a reduzir têm falhado.

Renzi cavalga uma onda de grande popularidade apesar de declarar pretender realizar uma reforma radical da Economia. Chegou ao poder devido a lutas políticas internas e nunca foi eleito. O seu partido de centro-esquerda conseguiu 41% da votação nas ultimas eleições europeias, o melhor resultado de qualquer partido de governo na UE e também o melhor resultado em mais de meio século para qualquer partido italiano.

Com 39 anos apenas, Renzi parece querer aproveitar a plataforma oferecida pela presidência da UE para conseguir uma mudança radical na política de austeridade imposta pela Alemanha nos últimos anos de forma que se possa criar crescimento económico e emprego.

“Se apenas falarmos de estabilidade destruiremos o nosso futuro comum”, disse. A partir de Setembro iniciaremos uma grande reforma em Itália, mudando o sistema fiscal, a Constituição, a lei eleitoral, o sistema judicial e o sector publico.

Apesar de admitir existirem varias visões sobre a política económica na Europa negou contudo que existissem grandes diferenças com Merkel.

Uma fonte do governo confirmou que Renzi ocupará a presidência da UE no meio de especulações sobre a formação de uma coligação “Clube-Med” entre a Itália, a França e a Espanha unidas contra Berlim e o seu domínio sobre as políticas económicas e fiscais na Europa.

“Estas políticas são um erro completo”, disse a mesma fonte. O problema do crescimento económico não é um problema italiano, é uma questão europeia. Estabilidade sem crescimento será o fim da Europa.”

Certamente que Merkel resistirá aos pedidos dos governos mais à esquerda de Itália e França para que no futuro sejam criadas políticas fiscais expansionistas depois de anos de cortes na despesa publica, mas não se espera que Berlim ceda nas suas exigências de reformas antes que possam ser feitas concessões.

Fontes do Governo em Roma respondem que mudanças estruturais, tais como a do mercado laboral, levarão anos a produzir resultados quando o que é necessário são as que tenham efeitos no curto prazo.

“Estamos determinados em mudar a Itália, Esse é o nosso objectivo. Se Itália mudar a Europa também poderá mudar...É esse o apelo que fazemos aos nossos cidadãos para que apoiem uma revolução radical para que Itália seja líder na Europa.”







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