A Gazeta do Middlesex

The End is Nigh !

21/4/2014

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                                                 ESCÓCIA

No dia 18 de Setembro realiza-se na Escócia um referendo sobre a sua independência do Reino Unido, quando os Escoceses comemoram os 700 anos da sua vitória sobre os Ingleses na batalha de Bannockburn. As sondagens davam no inicio uma confortável vitória ao Não, mas David Cameron fez o que nenhum Primeiro-Ministro inglês jamais deveria ter ousado, tentando intimidar os Escoceses com terriveis consequências se estes escolhessem a independência, o que teve o efeito contrário ao pretendido, passando as intenções de voto no Sim a crescer diariamente. Até Barroso teve o descaramento de entrar na refrega, intrometendo-se na política interna de um estado membro, declarando publicamente que proibiria uma Escócia independente de aderir à UE.

Alex Salmond, o First-Minister da Escócia e líder do SNP (Scottish National Party), de longe o mais capaz e astuto dos políticos do ainda Reino Unido, aproveita as visitas de ministros deste governo à Escócia para, quando anunciam catástrofes cada vez maiores caso vença o Sim, limitar-se a apontar que essas ameaças não passam de arrogância de colonizadores sobre colonizados. Portanto aquilo que era considerada até há pouco uma impossibilidade, a vitória dos pró-independentistas, tem hoje uma forte probabilidade de acontecer.

Se assim for, se o Reino Unido ficar a ser constituído apenas pela Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte, ninguém consegue prever o que o futuro reservará.




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                                                    UKIP                         

Ou “United Kingdom Independence Party” , tem no seu líder Nigel Farage alguém capaz de fazer com que largas franjas do eleitorado acreditem que todos os males deste país se devem à União Europeia.

Farage tem nos burocratas de Bruxelas um alvo descomunal para a sua propaganda , não cessando de lembrar que estes não foram eleitos e que gozam de mordomias escandalosas numa Europa em crise.

Infelizmente é fácil para um grande demagogo como ele acirrar a xenofobia, apontando os emigrantes, (um quarto de milhão por ano), como sendo os responsáveis pelo desemprego, falta de habitação, abuso dos apoios sociais e desprezo pelos valores e tradições nacionais.

David Cameron foi forçado a prometer um referendo para 2017 sobre a permanência do Reino Unido na UE e confirmando-se um grande aumento da votação no UKIP nas eleições do próximo mês, será muito difícil com os actuais lideres europeus inverter a dinâmica que levará fatalmente à saída da Grã-Bretanha.

                            DAVID CAMERON  E  ANGELA MERKEL

Quando a Suíça decidiu por referendo limitar a entrada de cidadãos comunitários no seu território, Barroso prometeu em retaliação a queda de uma chuva de enxofre sobre a cabeça dos suíços.

Muito convenientemente nunca mais se falou no assunto, até porque Cameron e Merkel irão tomar exactamente a mesma decisão no curto prazo.

A solidariedade é uma palavra muito bonita, mas os jovens dos países do Sul da Europa, jovens sem presente e sem qualquer esperança de futuro, estão a sair muito caros aos países ricos do Norte, que se preparam para lhes fechar a porta na cara.

Então acabará o direito dos cidadãos comunitários em residir em qualquer país da União, direito esse que era, é bom lembrar, o principio constitutivo do ideal europeu, pois sem a livre circulação de pessoas e bens a União Europeia, tal como a entendemos presentemente, terá deixado de existir de facto.

Restará talvez o euro como uma excrescência do defunto projecto europeu, euro que não será mais do que o Marco alemão sob outro nome, além de continuar para os países do Sul a eterna canga da divida.







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                                             BERLIM  E  KIEV




Não é necessário ser-se muito perspicaz para perceber que manter a flutuar a Ucrânia (ou o que dela restar) irá custar uma imensidão de dinheiro, o que significa obviamente que a factura aterrará no único sitio onde ele ainda existe ou seja em Berlim.

Ora começam a ser demasiados filhos para uma só mãe e é altura de fazer  escolhas, e só um néscio duvidará que, tendo a Alemanha de optar entre a Mitteleuropa e a periferia, não será aos países do Sul que será dito que terão de ir tratar da  sua vida.

Mas como alguém disse, há derrotas que são mais gloriosas que algumas vitórias, e existindo em Portugal politicos com tão elevado talento histriónico, certamente que eles  tentarão que seja nisso que os Portugueses acreditem.




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